Abalone


 

hand-1838345_960_720nem tudo me é claro
claro que não!
uso do ópio e trago tudo
todo errado e me entrego
e a tua voz me apaga
que praga!
só devia ir até aonde
a dor não mata
porque tu és dor!
mas vou ao teu encontro
e pronto,tu és corpo,
sou alma!
não conto a qualquer tonto
a minha vergonha
isso é tétrico!
que de tanto e mais que isso
despisto quando digo
no único boteco que me aguenta
e o que trago nos meus tragos
quando no palco
de ti eu trato?
tu és tanto de quase nada
que nem sei d’onde veio
essa joça de ideia
que me enterra em ti

Homenagem da minha querida amiga e poeta CÉRES FELSKI – www.ceresfelski.com.br


Como te invejo, Poeta,
Que brindas com versos o olhar,
Que crias rimas com alma,
E acaricias as nuvens
enquanto te ouço clamar!
Como te invejo, Poeta,
Com tuas mãos a bailar!
E teu sorriso sincero e fácil,
Que derramas ao me fazer sonhar!
Perto de ti, meu Poeta,
Sou apenas aprendiz
Que sonha enquanto viajas,
Nos versos em que me afagas.
Perto de ti, Poeta,
Sou aquela que não mente,
Mas que em pobres rimas tenta
Descrever tudo o sente.
Ao amigo Poeta Hang Ferrero
Gratidão!!!

Trechos da minha impaciência – parte IV


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O que sou e/ou como me vejo dentro dos “ditames constituídos” afim de orientar a nau das minhas inclinações pessoais? Como consigo tratar inequivocamente a sociedade em que vivo e que me mata? Vejo-me na alma de um cavalheiro acercado por vícios de linguagem, de roupagem, de leitura e em que nada traduz o que eu gostaria de entender por…burlesco. Qual papel devo representar neste habitat reduzido, parco espaço para o abraço que eu alcanço? Isto é um ambiente corporativo? É nocivo! É machista, feminista, etnocentrista, xiita? É tudo e me falta uma gama de possibilidades que não estão na pauta das discussões.

Quando voltei da manifestação em apoio à MARCHA CONTRA A CULTURA DO ESTUPRO, encontrei um indígena que não estava entre os seus brasileiros e; me pediu uns trocados; trocamos